terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Revitalização da Orla de São Félix


Desde setembro de 2009 a Avenida Salvador Pinto – Orla de São Félix – passa por obras de requalificação urbana, que visa melhorias na sua organização espacial, preservação paisagística e benefícios na qualidade de vida da população. As obras são realizadas pelo IPAC/ Monumenta que já fez reformou a Capela Nossa Senhora D’Ajuda, da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, e o Paço Municipal (Casa de Câmara e Cadeia) em Cachoeira.
A obra estimada em R$ 2.387.741,88 pretende devolver a qualificação urbanística. De acordo com o mestre de obras, Roberto Pereira, “a obra da orla vai contar com a padronização dos passeios, um canteiro central, alargamento da calçada, substituição do meio-fio adequado. Tudo isso preservando as características barrocas do local.”
Apesar de toda a infra-estrutura para a revitalização da orla, o projeto prevê beneficio nos aspectos visuais da cidade, mas não conta com um plano secundário para a preservação ambiental do rio Paraguassu, fonte de renda de muitas famílias.
Roberto Pereira, que também trabalhou na requalificação da orla da cidade de Cachoeira, disse que “a orla de São Félix ficará mais bonita, pois trará uma identidade visual a cidade, a orla é o cartão de vista da cidade de São Félix”. De acordo com Alexsandro Oliveira, que trabalha e reside próximo à orla, “a orla ficará mais interessante. As pessoas acham ruim porque o porto está interditado agora, mas São Félix é uma cidade turística e com a restauração vai atrair visitantes, pois ficará mais bonita.”

Quem tem comércio na orla vê a obra como oportunidades potencializadas. É o caso de Elizete Pires, dona da Pousada Paraguassu. “Tenho a esperança de que a orla requalificada irá trazer mais gente, portanto que não traga som e embalo durante a noite, pois os hóspedes que vem para cá querem sossego.”

Josiane Nascimento


Alcoolismo: Uma doença social

Valter Evangelista da Silva, 79 anos, fotógrafo e coordenador dos Alcoólicos Anônimos (A. A) da cidade de Cachoeira realizou uma palestra no dia 15 de dezembro de 2009, relatando sobre sua trajetória de vida e seu projeto desenvolvido com os alcoólatras.
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionado ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas. O alcoolismo não tem cura existe uma dependência, um abuso pela ingestão do álcool e é uma doença mental, progressiva e espiritual sendo hoje segunda doença que mais mata no mundo. Os alcoólatras, segundo Valter “perdem o poder de controle sobre as doses de bebidas, causando inúmeros transtornos, perdas materiais e pode assim levar a morte.”
Existe uma dificuldade em identificar precocemente um alcoólatra, pois estes geralmente tende a negar a sua real situação. O alcoólatra muitas vezes apresenta uma deterioração na saúde, família e trabalho.
De acordo com Valter Evangelista, “é necessário Força de Vontade para a libertação do álcool, pois o bebedor traz consigo uma compulsão e sem a ingestão do álcool sente-se até sem personalidade. Tenho 79 anos, bebia e fumava duas carteiras por dia. Hoje tenho 49 anos sem fumar e 20 anos sem beber. Geralmente o alcoólatra é orgulhoso e prepotente, dificultando assim as pessoas o ajudarem.”
Os A. A. foram criados na cidade de Oregon nos Estados Unidos, funciona como uma escola e um hospital. Nas reuniões onde homens e mulheres compartilham suas experiências através de depoimentos, onde são discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os esforços. Os alcoólatras devem contar com o apoio e compreensão da sociedade para sua recuperação, que deve abandonar o preconceito e tratá-los com respeito.
Em Cachoeira o Grupo Nova Esperança de A. A. possui 20 anos de sua criação e conta 12 participantes, as reuniões são realizadas sempre aos domingos e o fato determinante é a freqüência.
Valter Evangelista afirma que “É necessário evitar o primeiro gole. Não proíbo quem fabrica e quem bebe, só condeno quem não sabe beber.”

Josiane Nascimento

sábado, 7 de novembro de 2009

Rio 2016 traz bons ares à prática esportiva em Cachoeira


Com o anúncio de que o Brasil irá sediar as Olimpíadas de 2016, já é possível verificar incentivos e modificações na prática esportiva na cidade de Cachoeira. Em entrevista, o Secretário de Educação e Desportos, professor Alex Kaorner Simões afirma que: “Sem sombra de dúvidas é um estímulo, outro dia presenciamos uma matéria em que uma garotinha de 8 anos já relatava a sua expectativa de participar dos jogos olímpicos. Com isso, percebemos que a cada momento de copa do mundo, pan-americano ou qualquer atividade esportiva a nível mundial, a gente observa que existe uma ascensão, por parte de meninos da zona rural, na sede, nas ruas, nas escolas. Eles começam de uma certa forma a tentar imitar esses atletas e isso faz com que desenvolvam essas atividades mesmo de forma precária. Não que estejamos disponibilizando atletas para as olimpíadas, mas vamos aproveitar a oportunidade para desenvolver as práticas esportivas nas escolas, uma motivação, fazer com que o aluno desenvolva suas habilidades, muito gente tem habilidades e não tem oportunidade. Então vai ser um estímulo, deve ter um trabalho com essa expectativa para que as crianças e adolescentes se vejam integrados no esporte, não que seja no intuito de participar dos jogos olímpicos”.

A prática de esportes é importante para o desenvolvimento de habilidades e capacidades motoras. Idealmente o esporte diverte e entretém e tende à perfeição e à coordenação do esforço muscular tendo em vista uma melhora física e espiritual do ser humano. Além do futebol, Cachoeira conta com o desenvolvimento do basquete feminino e masculino para crianças e o secretário visa parcerias para a implantação do karatê, handebol, voleibol e atrelados aos esportes um acompanhamento de saúde, pedagógico, nutricional as crianças e adolescentes. De acordo com o secretário “Hoje surge um grande empecilho em nosso país. O pessoal está lutando para que seja disponibilizado 1% do fundo nacional de cultura para as cidades, por que não disponibilizar também recursos específicos para os esportes? Educação não vive sem esporte, é um investimento onde você tende a integrar família. È uma medida para evitar que os meninos sigam caminhos tortuosos, principalmente as drogas. É

um conjunto de ações que proporcionam o estímulo do esporte no município.”


Carência de infra-estrutura


Atualmente a cidade não conta com uma infra-estrutura adequada para a prática esportiva e esta realidade é reconhecida pelo secretário: “Cachoeira está em construção de processo esportivo. Nós fomos contemplados no ano de 2008 com a caravana do esporte, onde passaram ex-atletas. Estamos buscando uma estrutura adequada, construímos na administração atual, algumas praças esportivas que ainda precisam passar por adequações. O município é sedento pela pratica de esportes, e nós temos a consciência que até hoje, não conseguimos fazer esse desenvolvimento esportivo no município de Cachoeira.”

O estudante José Elias Junior, 20 anos, que gosta de jogar futebol, também se queixa: “Não tem estrutura, é necessário mais organização no campo, não tem grama e precisa ser bem preservado. Falta bola e as traves são de madeira. Não tem campeonatos, só torneios de brincadeira.”

Mas, apesar desta problemática o professor Alex Simões, visa um próximo ano próspero para o desenvolvimento do esporte na cidade: “No ano de 2010 iremos divulgar na imprensa, publicamente um calendário pronto, já rascunhado aqui no município de Cachoeira e no qual atingiremos tanto a sede como a zona rural. Um cronograma voltado para idosos, crianças com até 13 anos, esporte feminino, futebol, handebol e o voleibol, e o desenvolvimento de campeonatos inter-distritais, campeonatos inter-bairro, na sede e na zona rural. Então existem situações em que é necessário fazer investimentos e isso não sai tão caro e o efeito é muito imediatista e proveitoso. Pretendemos incrementar, ampliar a prática esportiva nas escolas, ou seja, tem todo um calendário já pronto.



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A velha fita cassete


Ahhh, como é bom ter CD, DVD e o novíssimo Blu-ray para ouvir as nossas músicas em alta qualidade. Mas lembro-me de quando eu era criança presenciava meu pai ouvindo a boa e velha fita cassete. A música era sempre a mesma: “Eu sou a mosca, que pousou em sua sopa. Eu sou a mosca, que pintou prá lhe abusar...”. Eu a detestava e não sabia o que meu pai tinha visto nela, mas mesmo assim, até hoje, eu sei a letra de cor e salteado.
Meu pai ouvia a fita de Raul Seixas todos os fins de semana, e a música que ele mais gostava era Mosca na sopa, eu achava uma besteira. O que é que tem de mais uma mosca na sopa??? Não entendia e hoje eu acho que meu pai também não.
Quando a fita acabava o que eu mais gostava de ouvir era aquele barulhinho da fita voltando, zuuuummm. Eu achava aquilo uma mágica, uma invenção revolucionária de colocar uma musica de Raul Seixas em um pedacinho de fita que desenrolava de um carretel para outro e, assim, meu pai voltava a ouvir: “Eu sou a mosca, que perturba o seu sono. Eu sou a mosca, no seu quarto a zumbizar...”
De vez em quando, meu pai trocava a fita de tanto eu falar, ai pulava de Raul Seixas para Elton John, e cantarolava a musica Sacrifice, no entanto nem sabia falar em inglês, quando enjoava, volta e meia parava no Raul. E lá estava ele rebobinando a fita de novo e da cozinha ouvia-se: “E não adianta vir me dedetizar. Pois nem o DDT, pode assim me exterminar. Porque você mata uma, e vem outra em meu lugar...”
Com o tempo a fita se desgastou, chegou um disco pequeno e compacto, que podemos chamar de um mini vinil: o CD. Meu pai diz que a musica que passa no CD, não é igual a da fita cassete. Hoje ele não ouve mais a Mosca na sopa, não achou outra fita do Raul que tocava todos os fins de semana assim: "Atenção, eu sou a mosca. A grande mosca, a mosca que perturba o seu sono. Eu sou a mosca no seu quarto, a zum-zum-zumbizar. Observando e abusando, olha do outro lado agora. Eu tô sempre junto de você. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Quem, quem é? A mosca, meu irmão!"

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Poesia de João Martins


A luz dourada e sombria
rasgando o vale do céu,
invade o verde da folha
e se espalha no veludo do véu
do alvorecer
a relva úmida

e ainda tímida
não se intimida
com o renascer

Amanhecer... e a terra sorri

Seja bem vindo!!!